"Vai doer?" Essa é uma das primeiras perguntas que ecoa na mente de muitas mulheres ao receberem a indicação de uma colposcopia, especialmente se a biópsia for mencionada.
É uma preocupação absolutamente válida e humana. Em um momento que já pode gerar ansiedade por si só, o medo do desconforto físico se soma às dúvidas sobre o diagnóstico.
Entendo profundamente essa apreensão. Minha missão, com quase 30 anos de experiência e milhares de exames realizados, é não apenas cuidar da sua saúde, mas também da sua paz de espírito.
A colposcopia é um exame ginecológico detalhado que, para a grande maioria das pacientes, não causa dor. É um procedimento bem tolerado e que se assemelha bastante à experiência de um Papanicolau de rotina.
O desconforto, quando presente, costuma ser leve e passageiro, manifestando-se em duas principais etapas:
Aqui está um ponto importante para desmistificar e trazer tranquilidade: o colo do útero possui pouquíssimas terminações nervosas sensíveis à dor.
Isso significa que, diferente de outras partes do corpo, a coleta de pequenos fragmentos de tecido dessa região geralmente não provoca dor.
O procedimento de biópsia consiste na retirada de minúsculos e superficiais pedacinhos de tecido do colo do útero, utilizando uma pinça delicada, projetada especificamente para essa finalidade.
O que você pode perceber é uma sensação de "puxão" ou tração no momento da coleta.
Para algumas mulheres, essa sensação pode vir acompanhada de uma cólica leve e transitória, muito parecida com as cólicas menstruais. Essa sensação é breve e desaparece rapidamente.
Algumas pacientes relatam que a colposcopia com biópsia foi extremamente dolorosa.
Isso acontece porque, para fins de diagnóstico no consultório, alguns profissionais optam por realizar biópsias mais extensas, às vezes até mesmo utilizando aparelhos de CAF (Cirurgia de Alta Frequência).
Muitos, inclusive, injetam anestesia local no colo do útero, que por si só, pode causar uma dor muito intensa.
As biópsias com a finalidade de apenas confirmar o diagnóstico não precisam ser grandes; essa é uma conduta desnecessária, que, por envolver maiores porções de tecido, naturalmente causa mais desconforto.
Quero deixar claro: a Dra. Flávia Menezes não realiza esse tipo de biópsia diagnóstica mais extensa no consultório.
Nossa prioridade é o seu conforto e um diagnóstico preciso com o mínimo de intervenção necessária.
Minha prática no consultório é focada na biópsia diagnóstica simples e minimamente invasiva, que é o passo essencial para um diagnóstico preciso, e o desconforto associado é mínimo.
Procedimentos como a Cirurgia de Alta Frequência (CAF) ou a conização, que removem uma porção maior de tecido para tratamento de lesões já confirmadas (e não para o diagnóstico inicial), são considerados terapêuticos.
Estes, sim, demandam anestesia e um ambiente e preparo diferenciados, sendo preferencialmente realizados em ambiente hospitalar ou centro cirúrgico com sedação leve.
Sua saúde merece o melhor cuidado, e isso inclui uma experiência de exame sem medos desnecessários.
Saber o que esperar da colposcopia e da biópsia é um passo gigante para diminuir qualquer ansiedade.
Este exame é uma ferramenta poderosa na prevenção e diagnóstico precoce de condições importantes, e minha equipe e eu estamos dedicadas a tornar esse momento o mais confortável, informativo e acolhedor possível.
Não permita que o medo do desconhecido adie o cuidado que sua saúde e bem-estar merecem.
Agende seu exame de colposcopia com a Dra. Flávia Menezes para uma experiência de cuidado que preza pelo seu bem-estar físico e emocional, guiando-a com confiança em cada etapa da sua jornada de saúde.
Artigo por Dra. Flávia Menezes (CRM RJ: 62429-2 / RQE: 51496) – Ginecologista com qualificação em patologias do trato genital inferior e colposcopia (2009).
Fontes Consultadas (Bibliografia):
3. Apgar B., Colposcopia: Princípios e Prática. Atlas e Texto. Segunda edição. Capítulo 7. 129-158
5. Mayeaux. Tratado & Atlas – Colposcopia Moderna. ASCCP. Capítulo 7. 129-159