Para muitas mulheres que se relacionam com outras mulheres, encontrar informações e profissionais de saúde sobre o HPV pode ser um desafio.
É comum sentir-se desamparada ou constrangida, especialmente devido à falta de experiência de alguns profissionais com esta parcela da população.
Este artigo busca oferecer um guia claro e acolhedor sobre o HPV, desmistificando a transmissão e reforçando a importância dos cuidados para todas.
A transmissão do HPV (Vírus do Papiloma Humano) não se restringe apenas ao sexo vaginal ou anal com penetração.
Ele é um vírus altamente infeccioso que se espalha principalmente pelo contato direto de pele com pele ou mucosa com mucosa.
Para mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM), o risco de adquirir HPV, mesmo que seja diferente do associado à penetração, é real e pode acontecer de diversas formas:
É importante entender que métodos como a camisinha oferecem apenas uma proteção parcial contra o HPV, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo. Isso significa que mesmo em relações heterossexuais, a prevenção é um desafio.
No contexto de mulheres que fazem sexo com mulheres, onde o uso da camisinha não se aplica para prevenir o HPV, é importante entender o panorama da transmissão.
Embora a transmissão ainda seja possível, o maior risco de infecção por HPV está de fato associado ao sexo com penetração, seja vaginal ou anal.
Por isso, a prática de ter relações sexuais apenas com mulheres pode reduzir significativamente o risco de infecção, oferecendo uma proteção parcial.
É fundamental lembrar que essa proteção parcial não elimina a necessidade de realizar seus exames ginecológicos de rotina para a prevenção do câncer de colo do útero.
É fundamental desmistificar o HPV.
Estima-se que oito em cada 10 mulheres terão contato com o vírus em algum momento da vida.
O mais importante não é o medo, mas sim a consciência e a responsabilidade com a sua saúde.
A maioria das infecções por HPV se resolve espontaneamente. Contudo, é essencial acompanhar e tratar as lesões persistentes para evitar o câncer.
Sua saúde é prioridade. Sejam felizes, vivam plenamente, mas nunca deixem de lado os exames de rotina para a prevenção do câncer de colo do útero. Eles são o seu maior aliado nessa jornada.
Agende seu exame de colposcopia com a Dra. Flávia Menezes, ginecologista especialista em HPV
Artigo por Dra. Flávia Menezes (CRM RJ: 62429-2 / RQE: 51496) – Ginecologista com qualificação em patologias do trato genital inferior e colposcopia (2009).
Fontes Consultadas (Bibliografia):