Carioca, nascida em Vila Isabel, eu, Dra. Flávia Menezes, prestei vestibular e entrei para a Faculdade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1990. Em 1997, passei para a Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia da UFRJ. Em 1999, fiz concurso para ser tenente médica da Aeronáutica, onde passei e trabalhei por 12 anos. Em 2009, fiz prova para ter o título de qualificação em colposcopia.
E por que contar esses detalhes? Foram eles que impediram meu diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) por 5 décadas. Esse transtorno me causou vários problemas durante a vida, alguns foram superados e outros não. Mas foi o meu hiperfoco, que nem mesmo era falado na minha infância, que me fez chegar até aqui.
E por que escolhi ser colposcopista? Aos 24 anos de idade, eu tive HPV e sofri muito com isso. Eram outros tempos. E a falta de informação era ainda maior. Na época, ainda era estudante de Medicina. Comecei a estudar sobre o vírus do HPV e nunca mais parei. Tomei isso como missão de vida: queria ajudar mulheres infectadas por esse vírus.
Há mais de 10 anos não realizo consultas ginecológicas de rotina. Atendo apenas pacientes com lesões vulvares, exames de preventivo alterados ou testes que detectaram a presença de HPV. Já realizei mais de 20 mil exames de colposcopia. Realizo mensalmente, uma média de 30 conizações por CAF.
Sou membro da American Society for Colposcopy and Cervical Pathology (ASCCP) e Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC). A importância dessas sociedades na minha vida é que elas me mantém constantemente atualizada através dos últimos artigos científicos publicados. Tenho muito orgulho de ter sido convidada para realizar a supervisão técnica de 2 tratados de colposcopia fabulosos.
Minha missão é tranquilizar, informar e tratar as mulheres com vírus do HPV.