As recomendações para a vacinação podem variar ligeiramente entre a rede pública e a privada, mas ambas visam a máxima proteção.
Na rede pública: Vacina quadrivalente (HPV4):
Pelo SUS, a vacina quadrivalente (HPV4) é oferecida da seguinte forma:
- Meninas e meninos de 9 a 14 anos
- Adolescentes de 15 a 19 anos nunca vacinados
- Imunocomprometidos (9 a 45 anos):
- Pessoas vivendo com HIV/AIDS
- Pacientes em tratamento de câncer
- Pessoas transplantadas: Seja de órgãos sólidos ou de medula óssea, que precisam usar medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do transplante.
- Pacientes com doenças autoimunes: Que utilizam medicamentos imunossupressores (como corticosteroides em altas doses, imunobiológicos etc.) para controlar a doença. Exemplos incluem lúpus, artrite reumatoide, doença de Crohn, entre outras.
- Indivíduos com deficiências imunológicas congênitas ou primárias
- Pessoas com doenças renais crônicas em diálise
- Vítimas de abuso sexual
- Pessoas com Papilomatose Respiratória Recorrente (PRR)
- Pessoas de 15 a 45 anos que tomam Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP)
Na rede particular: SBIm - preferencialmente vacina nonovalente (HPV9)
- Indivíduos de 9 a 14 anos
- ndivíduos de 15 a 45 anos
- Imunocomprometidos
Durabilidade e segurança da vacina HPV
A proteção da vacina HPV é duradoura. Estudos de acompanhamento mostram que a resposta de anticorpos e a proteção clínica persistem por muitos anos após a vacinação.
Quanto à segurança?
A vacina HPV é bem tolerada. As reações adversas mais comuns são leves e localizadas no local da injeção (dor, inchaço, vermelhidão), além de dor de cabeça e febre baixa. Reações graves são raras.
A vacinação não substitui os exames preventivo ginecológicos:
É fundamental ressaltar que a vacinação contra o HPV é uma medida de prevenção primária (antes da doença).
Ela NÃO substitui a necessidade do rastreamento regular para o câncer de colo do útero, como o exame de Papanicolau e o PCR para HPV.
Mulheres vacinadas devem continuar a realizar seus exames de rotina conforme a orientação médica.
A vacina também não tem efeito terapêutico, ou seja, não trata infecções ativas por HPV ou doenças já estabelecidas.
Seu papel é proteger contra futuras infecções.
Receber a vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV) é um dos passos mais importantes para a sua saúde e a de sua família.
Mais do que uma simples imunização, ela representa um escudo eficaz na prevenção de diversos tipos de câncer e verrugas genitais.
Agende seu exame de colposcopia com a Dra. Flávia Menezes, ginecologista especialista em HPV
Artigo por Dra. Flávia Menezes (CRM RJ: 62429-2 / RQE: 51496) – Ginecologista com qualificação em patologias do trato genital inferior e colposcopia (2009).
Fontes Consultadas (Bibliografia)
- Bula-Gardasil-9-(anvisa).pdf (Bula do medicamento Gardasil 9, aprovada pela Anvisa)
- PNI-2024.04-SEI_MS---Nota-Tcnica-Atualizao-das-recomendaes-da-vacinao-contra-HPV-(UMA-DOSE).pdf (Nota Técnica Nº 41/2024-CGICI/DPNI/SVSA/MS do Ministério da Saúde do Brasil, referente à atualização das recomendações da vacinação contra HPV)
- Prevalence of Genital Human Papillomavirus Among Sexually Experienced Males and Females Aged 14–59 Years, United States, 2013–2014 - Lewis, R. M. et al.)
- Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Informe SBIm: Esclarecimento sobre os esquemas em vigor das vacinas HPV. 15 de abril de 2024. Documento PDF.